Era uma vez dois irmãos, sendo um muito rico e mesquinho e outro muito pobre e humilde. Certo dia chegando ao natal o irmão pobre foi se ver com o irmão rico pois não tinha nada para comer. Assim chegou bateu na imensa porta da mansão de seu irmão.
- O que venhas a fazer aqui? Não sabes que é natal? Vá embora! - disse o irmão rico
- ô meu irmão tem piedade, só quero te pedir um pouco de comida para a ceia de natal.
O irmão rico não queria dar, mas o irmão pobre tanto insistiu que ele atirou um pacote de presunto empurrando o irmão pobre para fora da casa.
-Pegue esse presunto e não me procure nunca mais!- disse o irmão rico batendo a porta
Lá foi então o pobre irmão levantando do chão e pegando o pacote de presunto e rumando á caminho de casa, satisfeito por ter encontrado algo para comer. No caminho de volta a sua casa um velho os chamou:
-Pobre senhor venha cá. - disse o velho - Como conseguiste este presunto?
Ao explicar a situação ocorrida ao velho este mesmo falou:
-Escute aqui, porque tu não vai a ilha dos anões, eles adoram presunto, com isso você tenta trocar por um moinho. O moinho dele é mágico. Se você conseguir poderá ter o que quizer.
Depois de escutar o conselho do velho, o pobre irmão foi até a ilha dos anões. Os anões ao verem o pacotão de presunto invadiu o irmão pobre perguntando o que lhe trazia ali, cheio de água na boca com muita vontade de comer o presunto.
-Venho trazer este presunto em troca de um moinho que vocês tem aqui. - disse o irmão pobre
-Não, nós não podemos trocar aquele moinho! - disse um dos anoes
-Mas estou com tanta vontade de comer esse presunto - disse mais um dos anoes
Tanto falou, tanto insistiu que finalmente acabaram trocando o presunto com o moinho. Logo então um dos anões disse ao pobre irmão:
- Aqui está o moinho senhor, para ele moer você diz: "mói, moinho! Moa arroz!" e ele moerá arroz, quando chegar á quantidade desejada ao parar você terá que dizer "obrigado moinho, obrigado".
Entendendo tudo os conselhos dos anões e suas explicações, o pobre irmão saiu de lá muito contente com o resultado que acabara de conseguir, foi logo correndo pra casa para contar a novidade a sua mulher, que morrendo de fome, esperava o marido para a ceia de natal.
Mal chegou já foi contando tudo o ocorrido para sua mulher que achou tudo muitíssimo interessante e um extremo milagre.
Pediram o moinho para moer vários tipos de comidas, convidaram os vizinhos, e enfim, tiveram a melhor ceia de natal que um pobre poderia ter.
O irmão pobre sempre ajudava as pessoas com ultilização do moinho:
- Mamãe mandou pedir arroz ela esta sem - dizia uma criança
- Mói, moinho! Moa arroz - falou o irmão pobre
- Obrigado moinho! Obrigado! - disse ele novamente ao receber uma boa quantidade de arroz - Toma aqui leve pra sua mae!
- Obrigado tio! - falou a criança saindo contente
A história do moinho espalhou para toda a vila, e depois, para toda a cidade até chegar nos ouvidos de um velho pescador, que ao pensar que o moinho podia moer tudo que quizesse, não resolveu perder tempo trabalhando ele queria já pegar o moinho para ele. E lá se foi o velho pescador na casa do pobre irmão. Lá ele viu eles mandarem o moinho moer porém não assistiu todo o processo, marcou o lugar, esperou anoitecer, quando todos estavam dormindo ele roubou o moinho, correu, entrou no seu barco e partiu para auto mar com uma imensa gargalhada.
-Muhuahuahuha! Ninguém será mais rico que eu! Eu fabricarei sal e serei o homem mais rico deste planeta.
Enfim ele colocou o moinho em cima de uma cadeira e disse:
-Mói, moinho! Moa sal!
E lá se foi o moinho moendo sal, sal e mais sal... Quando o velho pescador notou que ja estava bom a quantidade de sal ele ordenou:
-Pare de moer moinho!
E nada de acontecer, ele gritou tentou mudar de fala disse: "chega para de moer", "eu disse para de moer seu surdo", bateu no moinho e nada de parar de moer sal. O barco foi-se enchendo de sal, sal e mais sal. Afundou-se então o velho pescador ficou mais pobre do que nunca pois perdera seu barco que era na verdade toda sua fortuna. E o moinho coitado foi parar no fundo do mar sem parar de moer sal, deve de estar lá até agora moendo sal, sal e mais sal... Dizem que por isso que o mar é salgado!
A lenda do moinho mágico (pq o mar é salgado)
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